“Na época da ditadura militar fui um dos cinco diretores presos da União Nacional dos Estudantes - UNE, tivemos, ainda, três exilados. Fiquei preso durante 3 meses e 15 dias no 16 RI aqui em Natal. Sofri, mas se o tempo voltasse, faria tudo novamente”, disse o advogado Paulo Francinete em seu relato à Comissão da Verdade e Memória da OAB/RN que iniciou hoje (13) o Ciclo Verdade e Memória – I Ato. Conforme o presidente da Comissão Verdade e Memória da Seccional Potiguar, Djamiro Acipreste, o objetivo do evento é mostrar as bandeiras, lutas e circunstâncias pelas quais muitos foram presos, torturados, banidos e assassinados pelo regime militar.
A próxima ação da Comissão da Verdade deve acontecer na OAB de Mossoró a fim de instalar uma subcomissão e ouvir os relatos de quem sofreu com a ditadura na região. “Vamos produzir relatório e encaminhar para Comissão Nacional da Verdade e Memória. Queremos a verdadeira história do nosso país nesta época”, ressaltou Djamiro.
O evento contou com a presença de estudantes, integrantes de movimentos sociais, advogados e presos políticos.