OAB/RN participa de audiência sobre Ideologia de Gênero no Plano de Educação

08/10/2015
Nesta quarta-feira (7), uma audiência pública na Câmara Municipal de Natal debateu a questão da Ideologia de Gênero e sua inserção no Plano Municipal de Educação. A proposição foi do presidente da Casa, vereador Franklin Capistrano (PSB). Participaram das discussões representantes da Igreja Católica, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) e Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN), além de líderes comunitários, integrantes dos movimentos sociais organizados e sociedade civil.
 
A presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Intolerância da OAB/RN, Paula Fernanda da Silva Santos, manifestou posicionamento favorável a inclusão da ideologia de gênero nas práticas pedagógicas. "O objetivo não é incentivar a homossexualidade, mas o combate à violência e discriminação. Esses temas precisam ser abordados no âmbito das famílias e escolas. A ausência de diálogo é que fortalece os preconceitos e impede a construção de uma sociedade democrática de verdade".
 
"Incentivamos o debate democrático, aberto, irrestrito e livre. Todas as tendências tiveram espaço neste plenário para expressar seus pensamentos acerca do assunto proposto. Acredito que a soma de experiências vai contribuir para chegarmos a uma conclusão. Estamos fazendo a nossa parte de colocar todos na mesa para conversar e resolver", avaliou o presidente Franklin Capistrano.
 
De acordo com Ana Beatriz Emerenciano, que representou a Igreja Católica, apesar da contemporaneidade da temática, as questões de gênero remetem aos escritos do Karl Marx. "Inserir a proposta no cotidianos nas escolas significa que meninos e meninas serão tratados como se tivessem a mesma sexualidade. Portanto, através do Papa Francisco, a Igreja é contra a implementação desta ideologia no sistema educacional", defendeu.
 
Para o professor da UFRN Alípio de Souza a formação da sexualidade constitui um processo plural e mutante. "Pelo princípio da liberdade acadêmica, temos a prerrogativa de ensinar todos os conteúdos que entendermos como parte do conhecimento científico. Os ultraconservadores precisam entender que a diversidade faz parte da experiência humana. O próprio termo ideologia de gênero não é adequado, haja vista que ninguém propõe fazer lavagem cerebral nas crianças como alguns imaginam".
 
O presidente da comissão de Prerrogativas da OAB/RN, Deywsson Gurgel, também representou a OAB/RN na audiência.

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