A Associação dos Assessores Jurídicos do RN (Assejuris) realizou na manhã desta quarta-feira (16), na sede da OAB/RN uma Assembleia Geral Ordinária para prestação de contas e uma Extraordinária para tratar dos assuntos do interesse da categoria que estão pendentes. Entre eles, a judicialização em função das perdas salariais.

Segundo Albaniza Carvalho de Sena, presidente da Assejuris, há 12 anos a categoria não recebe um reajuste salarial. “O governo do Estado não tinha sinalizado ainda nenhum avanço na negociação.  Por isso passamos a realizar um trabalho, juntamente com a OAB/RN e Assembleia Legislativa, para que a negociação possa fluir”.

Albaniza explicou que, se as coisas continuarem como estão, a tendência é a extinção da categoria. “Éramos 321 assessores jurídicos e hoje somos apenas 174, dos quais 101 estão aposentados e apenas 74 permanecem na ativa. Desses 74 advogados, 10 estão à disposição de outros poderes. Então, os poucos que estão na ativa, para dar conta de 48 órgãos públicos, estão no limite de exaustão e próximos de se aposentar. A categoria precisa se mobilizar para que ela não acabe”.

O presidente da Seccional Potiguar, Sérgio Freire, falou aos assessores jurídicos presentes na Assembleia Geral e ratificou o apoio da OAB à categoria. “Nosso apoio é incondicional, a luta de vocês é nossa e o nosso próximo passo será entrar como amicus curiae, na ação que já foi ajuizada, como fizemos com os assessores jurídicos do município e em algumas situações que a advocacia tem interesse”.

“Nossa categoria precisa sobreviver e se fortalecer. Nós estamos em campanha pelo resgate da dignidade salarial e profissional. A assessoria jurídica é importante para o Estado e precisamos ser valorizados”, finalizou Albaniza.