Comissão de Saúde realiza simpósio

01/10/2016

“Falar da prevenção ao suicídio é muito importante para esclarecer como se pode ajudar. Quanto mais as pessoas tomarem conhecimento do assunto mais pessoas poderão ser ajudadas da forma correta”, ressaltou Lara Maria Taumaturgo que participou nesta sexta (30), na Faculdade Estácio, do Simpósio Um grito ao suicídio: identificando os sinais de alerta.

O evento foi realizado pela Comissão de Direito à Saúde da OAB/RN, presidida por Elisângela Fernandes, dentro da campanha Setembro Amarelo. “Essa é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção”, explicou Elisângela.

Na primeira palestra, o psiquiatra Jales Clemente, abordou o número de casos na cidade,  o comportamento suicida e como  prevenir, entre outros pontos. “Tivemos 166 atendimentos relacionados ao suicídio apenas em 2014”.

Os transtornos mentais mais comumente associados ao suicídio são: depressão,  transtorno  do  humor  bipolar,  dependência  de  álcool  e  de  outras  drogas psicoativas.  Esquizofrenia  e  certas  características  de  personalidade  também são importantes fatores de risco. A situação de risco é agravada quando mais do que uma dessas condições combinam-se, como, por exemplo, depressão e alcoolismo; ou ainda, a coexistência de depressão, ansiedade e agitação.

“A rede pública é falha e não sabemos a quem recorrer. Temos apenas a CVV ajudando nesse assunto. Esse é um tema atual e que deve ser discutido cada vez mais”, disse o participante Ricardo Fernandes.

Em seguida, as psicólogas Marianna Silvino, Millena Câmara e Milla Marinho abordaram os  elementos de compreensão da clínica da perda, além de fazer  uma análise estatística da depressão. “O suicídio vem de um grande sofrimento. Não se quer acabar com a vida, mas sim com o sofrimento. A família e os amigos podem ajudar ouvindo aquela pessoa e procurando ajuda médica”, enfatizou Millena.

A prevenção do suicídio não se limita à rede de saúde, mas deve ir além dela, sendo necessária a existência de medidas  em diversos âmbitos na sociedade, que poderão colaborar para diminuição das taxas de suicídio. A prevenção do suicídio deve ser também um movimento que leva em consideração o biológico, psicológico, político, social e cultural, no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua complexidade.

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