A luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes é uma batalha que deve envolver todos os membros da sociedade civil organizada, instituições públicas e privadas. Durante esta semana, Mossoró irá discutir as ações que estão sendo realizadas para combater o abuso e a exploração sexual de meninos e meninas, com atividades de conscientização e prevenção. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Mossoró, é parceira nesta luta. O lançamento da Semana de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, de 12 a 18 de maio, foi realizado hoje (12) com participação da OAB e outros colaboradores locais.

Segundo a advogada Raquel Diniz, que assumiu recentemente a presidência da Comissão de Apoio à Criança, ao Adolescente e ao Idoso da OAB/Mossoró, a campanha lançada pela Prefeitura Municipal de Mossoró é de extrema importância e tem total apoio da Ordem dos Advogados do Brasil. “É muito importante que levemos essa discussão a todos, mostrando a necessidade do envolvimento da sociedade civil na defesa das crianças e dos adolescentes. Nossa intenção é mostrar quais os caminhos que podem ser adotados em caso de abuso ou de exploração sexual de crianças e adolescentes. Por isso a OAB faz parte deste trabalho”, destaca Diniz.

A intenção dos organizadores da Semana é informar e conscientizar, conforme Mirna Aparecida, diretora de proteção especial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Juventude de Mossoró. “O maior objetivo da campanha é sensibilizar, alertar, lembrar... Mesmo com todos os avanços que temos vivido ao longo dos últimos anos, a gente precisa do apoio da sociedade, precisa da sua participação. Todos temos que fazer a nossa parte”, destaca Mirna, durante o lançamento da campanha, realizado hoje (12) na Estação das Artes Eliseu Ventania, com apoio da OAB. “A OAB nos ajuda através do trabalho que vem desenvolvendo”.

DIA NACIONAL

A data 18 de maio, quando é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil no Brasil, foi criada para marcar o sequestro da menina Araceli Cabrera Sanches, em 18 de maio de 1973 (a data só foi oficializada no Brasil em 1998). A menina tinha apenas oito anos. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta. Membros de uma tradicional família de Vitória (ES) foram apontados como os autores. O caso teve grande repercussão pela violência, mas terminou impune. Os supostos violadores não foram condenados pelo crime e a mãe da menina chegou a ser presa por tráfico de drogas, visto por alguns como retaliação.

COMO DENUNCIAR

Por telefone – Disque 100

Outros órgãos – Conselho Tutelar; CREAS, CRAS, Plantão Social; Unidades e Serviços de Saúde; Delegacias especializadas ou comuns; Polícia Militar; Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal